Sobre Essa Bagaça

Eu sou a Nathália, e esse blog foi feito pra espalhar meu ódio, especialmente em relação à animes.
(Nathilustra, sacou? É tipo Nathália... E ilustra... Nathilustra... Genial, né?...)

sábado, 5 de novembro de 2016

Another (6)

*totalmente não é um clickbait. Pode confiar*


É, aqui estou eu novamente. Mais um episódio de Another pra assistir e desde o primeiro eu já queria morrer. Eu não aguento mais essa merda, mas estou fazendo isso porque amo meus leitores.



Sabe quando você só fica encarando a tela do computador enquanto pensa no sentido da sua vida? Estou fazendo isso agora. Eu poderia estar desenhando, peidando, VIVENDO... Mas NÃO. Porque estou desperdiçando completamente meu tempo de vida assistindo esse anime. Another está literalmente me matando a cada segundo que sou obrigada a assistir isso.

E a cada segundo de vida a menos, também me questiono o que levou tanta gente a gostar de Another. A minha vontade é dropar o anime antes mesmo de assistir tudo e já fazer uma review dizendo que é uma merda, que nem eu fiz com Ookami Shoujo. Mas jurei pra mim mesma que iria resistir, então aqui estou eu.

Sem mais delongas e sofrimento, vamos ao sexto episódio.


*dancinha do Vamos Lá, mas gritando internamente*




25 minutos depois:



Gente, tô pasma. Achei que esse episódio seria apenas dor em sua forma mais pura, mas senti apenas tédio! E *pasmem* teve até um... PONTO POSITIVO no episódio! Considerando que eu achei que sofreria do começo ao fim com Another, esse episódio foi (e será!) provavelmente o melhor do anime inteiro.

O que me deixou mais bolada mesmo foi que ninguém morreu dessa vez (a última cena foi só o Professor Gêiser ameaçando a cena fenomenal dele, mas o episódio acaba aí). Se não fosse pelo *ponto positivo* desse episódio, acho que eu teria dormido durante esses 25 minutos.

Foi mal, Bingo, mas dessa vez você vai ficar desse jeito mesmo...


E bem, eu considero isso muito preocupante. Another se sustenta em dois pilares extremamente frágeis: o mistério do morto e as mortes bizarras. O problema é que as mortes se encontram facilmente num compilado no youtube, e quando o mistério for resolvido não vai sobrar absolutamente nada que dê vontade de rever o anime. Quando chegar a análise do último episódio eu falo mais sobre isso.

Enfim, falemos sobre o episódio de hoje. A cena rápida antes da abertura é um mini flashback da Mei sendo escolhida pra ser a "aluna morta" da sala, e ela aceitando sem maiores hesitações. Uma cena relativamente normal, mas como eu sou cuzona vou criticar mesmo assim. Em primeiro lugar, a animação de Another é tão porca que a cena só consiste na Mei parada na carteira dela só mexendo a boca.

É só isso aí mesmo.
Meu amor, isso aqui não é documentário pra ter uma câmera estática.


A pior parte é que alguém comenta (na mesma imagem parada) como é que vai ser com as famílias dos alunos e com os professores e alunos de outra classe, mas outra pessoa só diz "eles vão cooperar o tanto que puderem". Uh, pera, é só isso? Eles vão apenas "cooperar"? Parece aquelas redações do ENEM em que as propostas de intervenção são simplesmente "vamos conscientizar a população".

Além disso, como é que vão falar da maldição pra outra sala sem quebrar o "feitiço" do aluno extra (Mei usou esse termo no episódio anterior)? Como é que as outras salas, professores e familiares foram avisados sobre ignorar um determinado aluno se não se pode falar NUNCA sobre ou com esse aluno?

Sei lá, simplesmente não engulo essa.

Enfim, depois dessa abertura, BIRL, Nerd e Chuquinhas estão conversando de forma SUPER NATURAL sobre a maldição. Não, é sério. Tipo, quatro pessoas morreram (sendo duas da classe 3) e eles estão comentando sobre o assunto como uma inconveniência casual. NÃO É ASSIM QUE SE ABORDA O TEMA DA MORTE, OKAY?


AINDA MAIS EM UM ANIME ONDE AS MORTES PRECISAM IMPACTAR O EXPECTADOR!
COMO VOU ME IMPORTAR COM GENTE MORRENDO SE TODO MUNDO EM ANOTHER É CHATO E BURRO?!


Enfim, BIRL comenta que no início do ano escolar o número de carteiras estava certo, então achou que a maldição não fosse acontecer naquele ano. Mas claro, por conveniência do destino (e do roteiro), Sakakibara se transferiu pro colégio de Piracicaba, deixando a sala com um aluno extra.


Uh, não, pera, pera. Mas se o Sakakibara virou o aluno extra e ele não é o morto, então por quê ó raios a Mei estava sendo ignorada desde o início do ano? Se não tinha nenhum aluno extra, então não tinha porque escolher um aluno pra ser ignorado!

Sim, é o que vocês estão pensando...



Corta a cena e vemos Sakakibara e Mei na casa dela tomando outra lata daquele refri do episódio anterior (pelo visto o refri tá patrocinando o anime). Eles falam sobre umas bobagens que eu não poderia me importar menos, como o fato de a Mei sentar numa carteira velha porque isso "completa o feitiço". Não me pergunte como a sala 3 descobriu essa relação, senão vou ter que usar o gif padrão de novo.

Nessa cena também conhecemos a mãe da Mei, que finalmente decidiu passar um desodorante e sair do quarto pra ver se a filha ainda está viva. E eu achando que ela teria uma aparência deplorável tomei no cu, porque ela é exatamente igual a qualquer outra personagem feminina de Another.


O character design de Another é tão porco que eles nem se deram o trabalho de botar olheiras nela.
(e aparentemente, os olhos vermelhos da Mei são genéticos. Sei lá como isso funciona)


Depois disso, a mãe da Mei meio que enxota o Sakakibara da casa dela, e Mei resolve acompanhá-lo no caminho. Aí começam a conversar sobre uma cacetada de coisas esquisitas, mas que comparadas aos diálogos horríveis de Another até que ficaram num nível assistível. E os papos vão desde falar sobre a morte da mãe do Sakakibara (logo após o parto) até o porquê da Mei ter aquele olho verde.

Sim, tem uma explicação, embora ela seja bem bosta. Mei teve um tumor no olho (?!) aos 4 anos de idade, e ao invés de comprar um olho de vidro normal a mãe maluca dela enfiou na cara da Mei um olho de escrava sexual da deep web boneca. Pelo que eu entendi dos spoilers do anime, APARENTEMENTE a Mei consegue ver espíritos com esse olho, mas não tenho certeza.


Mas se minha suspeita for verdade, gostaria de entender qual é a relação entre um olho esquisitinho e a capacidade de enxergar gente morta. Mas conhecendo Another, obviamente não vão explicar nada disso de forma convincente.


Além disso, Mei resolve voltar por um momento ao estado de Emo Gótica do começo do anime e começa a falar sobre "a solidão de estar vivo", pois "não importa quantas pessoas você conheça; no fim você está sozinho". Nossa amiga, para de ouvir Evanescence; tá fazendo meio mal pro seu intelecto. E solta essa faca de cortar manteiga, viu??

Enfim, corte de cena e Sakakibara está de volta ao seu cafofo quando recebe uma ligação do pai dele (que por algum motivo desconhecido está na Índia. E não, não estou brincando). Os dois falam sobre assuntos irrelevantes e desinteressantes que eu não estou nem aí, mas nesse ponto uma questão muito importante veio na minha mente.

Se o aluno ignorado tem que basicamente deixar de existir pra todo mundo em sua volta, como é que ele pode se comunicar com a família dele? Como a Mei está falando com a mãe dela o tempo inteiro e nada acontece? Como o Sakakibara pode falar com a tiazinha de óculos, ainda mais considerando que ela já estudou na sala 3?


Vou usar esse gif MUUUUITAS vezes até o final de Another.


Aí a cena corta, dá o intervalinho do anime... E acontece AQUELA CENA TROLL que todo mundo que já assistiu Another conhece. Sim, tô falando da dancinha. O que posso dizer dela...? Foi uma tentativa fajuta de esfregar na cara do expectador que Mei e Sakakibara são um casalzinho simplesmente porque ele imaginou dançar com a Mei no meio da aula.

Por mais que eu sei que essa cena é ridícula no mau sentido, seria muito legal se não fosse só imaginação do Sakakibara. Pensa bem: se a série seguisse uma vibe de humor negro estilo SAO Abridged, os nossos protagonistas sem graça poderiam muito bem ligar o foda-se pra situação do morto e curtir com a cara dos colegas de sala estúpidos deles. Imagina que lindo seria se as duas pessoas que você deveria ignorar começassem a dançar na sua frente!


Mas claro, estamos falando de Another. Nunca vai ter humor em uma obra que não cumpre o pré-requisito da sua premissa.
Nesse caso, ser um mistério real com tensão psicológica.


Bom, eles meio que ligam o foda-se, mas não do jeito legal. Eles só começam a passar o tempo deles juntos sem se importar muito com o resto, e é aí que está o ponto positivo do episódio. Nada de tensão desnecessária, nada de diálogos forçados em uma tentativa de prender o leitor. A melhor parte do anime inteiro até agora foi quando alguém teve a ideia de simplesmente fazer cenas com Mei e Sakakibara conversando.

Sim, é só isso. Eles tomam lanche juntos, conversam sobre os hobbies de cada um, desenham juntos, lêem livros e passam o dia juntos. E isso foi muito mais interessante do que qualquer outra coisa que Another tentou esfregar na minha cara. Que se foda os mistérios e morte. Eu odeio esses personagens, essa história e essa animação. O que custa fazer de Another um anime com mais interações genuínas entre os personagens? O que custa fazer um anime mostrando a amizade entre um garoto e uma garota?

Mas ao mesmo tempo que esse foi o ponto positivo, também mostra junto um ponto negativo. Você sabe que a situação está preocupante se a melhor parte do anime até agora foi dois personagens passando o dia juntos; ainda mais quando o anime se vende como um Mistério Colegial com Suspense ao invés de um Slice of Life felizinho.


*aplausos pra mim mesma porque minha escrita nos últimos 3 parágrafos ficou linda*


Mas claro, gente, ainda estamos falando de Another. Não interessa que as cenas foram legaizinhas, porque os plot holes continuam. Não só continuam como aumentam cada vez mais. Cada vez que Another traz uma explicação, o anime só cria mais perguntas e falhas de enredo enquanto responde apenas uma pergunta de forma vaga e insatisfatória.

Como por exemplo, finalmente tivemos a explicação do morto e do feitiço no episódio anterior, mas o triplo de dúvidas surgiu. Nesse episódio, Mei e Sakakibara entram no clube de artes (presumo que é um clube) e conversam com pessoas NORMALMENTE. Claramente não eram pessoas da classe 3, e essas pessoas já conheciam a Mei (tanto é que a chamaram de Misaki-senpai).

Logo em seguida, Diferentão brota na sala e tira todo mundo de lá, numa tentativa de manter o feitiço. Mas a questão é: se apenas por falar poucas vezes com o aluno ignorado a maldição é desencadeada, como é que os alunos dessa classe diferente conhecem a Mei e não aconteceu nada com eles?!

olha aí o meme de novo.


E pra piorar, Sakakibara e Mei vão à biblioteca e começam a conversar com o bibliotecário de forma natural. O cara tem pleno conhecimento da maldição e inclusive era o professor da sala 3 na época do acidente de 26 anos antes. Sim, ele tem relação direta com a sala 3, continua na escola, fala normalmente com os dois alunos ignorados e mesmo assim a maldição não começou antes.

Como se não bastasse, ele conseguiu dar detalhes perfeitos do acidente (a tal da Misaki que morreu na verdade era O Misaki. Sim, era um cara).O bibliotecário também fala sobre ter dado aula pra mãe do Sakakibara e sobre ter ficado na cidade trabalhando na biblioteca como forma de fugir da sua culpa (o que não faz o menor sentido).

E calma, calma, vai piorar. O cara foi um Deus EX Machina total (pra quem não sabe, isso é uma expressão pra quem surge do nada só pra avançar a história de forma forçada). Ele fornece a lista de chamada da sala 3 de todos aqueles anos, que continha informações do aluno ignorado e do morto de verdade de cada ano desde o acidente. Toda essa informação estava contida em um fichário na biblioteca.

Que fichário conveniente, não?


O tiozinho da biblioteca também fala sobre como o morto se revela no final do ano, como a memória dos alunos sobreviventes é alterada e como até os próprios arquivos mudam no final do ano, quando o nome do aluno morto aparece do nada mas nenhum aluno lembra. E qual a explicação disso? O FEITIÇO, ORAS BOLAS! Sim, a resposta é puramente "magia" na sua forma mais ridícula e forçada e esperam que eu acredite nessa idiotice.

Então... Tudo o que acontece em Another (inclusive as falhas de enredo intermináveis) é invalidado pelo poder de um feitiço que, segundo o bibliotecário, só tem 50% de chance de dar certo? É sério mesmo?

Só não é pior que o Poder da Amizade.


E bem, aproveitemos a oportunidade pra comentar mais sobre a forçada de barra no relacionamento dos nossos protagonistas. Fica bem claro que o anime está tentando fingir que Mei e Sakakibara são um casalzinho desde o episódio em que a enfermeira legal falou umas bobagens sobre "ONTI, MAS ISSO É GOSTAR DE ALGUÉM!". Não desce essa química entre os dois, porque demorou basicamente metade do anime pra eles sequer interagirem sem conversarem por enigmas forçados.

Dito isso, vamos falar da boca da Mei, que a cada episódio está ficando menor. Jesus Cristo, que tamanho de língua é essa, também? Ela tem só um fiozinho no lugar da língua ou o quê? E que tentativa é essa de tentar fingir que a Mei é de alguma forma sexy? Fiquei com tanta agonia que tive que parar a postagem só pra photoshopar a boca dela de um jeito mais agradável.



BEM melhor!


Inclusive, vamos aproveitar a oportunidade e tirar um pouco do moe kyun kawaii desu ne da cara dela. Esse character design é fofinho demais pra um anime de suspense psicológico.


Um deleite para os olhos. 
Petição "Por Mais Animes com Narizes Definidos"


Como podem ter notado, me diverti muito mais Photoshopando um screenshot de Another do que assistindo Another. A coisa tá feia mesmo, gente.

Enfim, depois de toda a cena ridícula na biblioteca EX Machina, Sakakibara vai pra casa e resolve tirar satisfação com a tia de óculos (que aparentemente também é tia dele assim como a morta de verdade, mas nunca tenho certeza). O que motivou a tirada de satisfação foi saber que aconteceu a maldição no ano em que a tiazinha estudava na sala 3, que foi exatamente o ano em que a mãe do Sakakibara foi pra Piracicaba pra ter o bebê.

Sim, ela morreu no parto por causa da maldição, e não por complicações óbvias de uma cesária. Mas enfim, vamos fingir que realmente foi culpa da maldição. Aí Sakakibara resolve continuar pressionando a tiazinha de óculos, que continua batendo na mesma tecla de não falar porra nenhuma. Dessa vez, ela insiste em dizer que não se lembra de nada (provavelmente por causa do """""feitiço"""""), mas depois de tanto ouvir todo mundo evitando o assunto, eu simplesmente não consigo acreditar que todo mundo simplesmente se esqueceu dos acidentes e mortes.

Agora tá querendo me dizer que é por isso que a escola tá aberta? Porque ninguém lembra de nada? Sinto muito, mas essa desculpinha esfarrapada aí não cola pra mim. Se ninguém realmente se lembrasse dos acidentes, não teria como passar o conhecimento de ignorar um aluno ou o próprio conhecimento da maldição, então é ÓBVIO que as pessoas se lembram.



Foi mal, Another. Eu sei que você está tentando me ludibriar, mas não vou cair em seus contos de vigário.


Troca a cena, e no dia seguinte vemos o Professor Gêiser entrando na sala de aula com uma bolsa visivelmente suspeita. Ele chega, dá bom dia pra todo mundo (e eu já estava com um sorriso enorme nesse momento), faz um discurso tipo "daqui pra frente, se virem", tira uma faca da bolsa suspeita...


"ISSO, ISSO, A CENA DO GÊISER VAI ROLAR!!"


... E o episódio acaba.



Serião, Another?

Enfim, esse foi o sexto episódio de As Aventuras de Sakakibara em Piracicaba. A animação continua porca, o mistério continua apontando pra todas as direções menos a certa, o suspensa continua inexistente e a cada explicação dada os plot holes só aumentam.

Até a próxima semana, com mais dor, sofrimento e muito ódio em seus corações.


Beijos de Luz

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