Sobre Essa Bagaça

Eu sou a Nathália, e esse blog foi feito pra espalhar meu ódio, especialmente em relação à animes.
(Nathilustra, sacou? É tipo Nathália... E ilustra... Nathilustra... Genial, né?...)

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Chuunibyou: Cheiro de Moeshit no Ar.

Mais um daqueles animes em que a única coisa que acontece é um bando de meninas fofinhas passar vergonha.

Eae, putaiada! Nathilustra retornou de seu covil secreto e trevoso (e parou de vagabundear pela internet) para produzir mais uma postagem nesse blog que vocês tanto amam! E dessa vez, trago uma podreira diretamente do estúdio de animação que eu mais odeio: Kyoto Animation!

Adivinhem só como eu conheci esse anime?? Isso mesmo, recomendações de Facebook dizendo que era um anime divertidíssimo e que eu super me identificaria com as situações maneiras na história. Nem preciso dizer que foi mais outra obra de merda, né?

A essa altura, é óbvio perceber que eu não tenho sorte nenhuma com indicações.



Premissa:

Como muita gente também deve saber (considerando que esse anime é, por algum motivo, extremamente querido), Chuunibyou foi criado pela Kyoto Animation em mais uma daquelas tentativas de vender um programa de TV sem ligar pra qualidade do produto. Mais pra frente eu detalho isso.

A história gira em torno de Yuuta, um moleque que teve autismo síndrome da oitava série mas conseguiu superar essa fase vergonhosa quando entrou no ensino médio. Aparentemente, essa síndrome é super comum no anime e toda santa criatura lá tem algum grau de deficiência cognitiva, mas tudo bem.

Quer dizer, tentam dizer que o protagonista é o Yuuta, mas é mais do que óbvio que ele só está no anime pra cumprir a cota de pessoa sã no meio daquele bando de meninas idiotas. Ele passa o anime inteiro aturando elas e, por algum motivo, consegue a façanha de se apaixonar pela Rikka, que é basicamente a rainha das meninas idiotas.

O anime até que tenta enfiar um plot mais sério lá pro meio da trama, mas não adianta. A história é simplesmente Yuuta sofrendo de vergonha alheia, meninas burras passando vergonha e um bônus de um """""""relacionamento amoroso""""""" entre Yuuta e Rikka.

E é só isso mesmo.

Uau, a premissa promete muito, né gente?
*palmas irônicas*


Personagens:


Santo Monstro de Espaguete Voador. Por onde eu começo com essa desgraça? Os personagens são tão ruins que eu mal sei de quem eu falo mal primeiro. Bom, acho que pela ordem de importância, eu começo pelos protagonistas.

Em primeiro lugar, Togashi Yuuta. Como eu disse anteriormente, fica claro que ele só existe pra que o anime mantenha um pouco de sanidade. Não que faça muito sentido, porque ao invés de ele tentar impedir as meninas de passarem vergonha ele só fica assistindo meio de longe ou tenta discretamente seguir uma vida normal.

Claro, o efeito é tedioso. Yuuta é praticamente um protagonista de anime harém, mas sem os sangramentos nasais porque Chuunibyou não é ecchi. Mas só por isso mesmo.


Inclusive, ele é o único personagem importante do anime inteiro com uma aparência relativamente normal. Até mesmo o amigo dele que era normal fica totalmente careca e bronzeado no meio da história.


Prosseguindo, temos Takanashi Rikka. A waifuzinha do anime, a moeshit, a especialzinha com síndrome de down e a menina que é tão burra que suas únicas características importantes são passar vergonha e serem fofas. Uh, pensando bem, todas as personagens femininas têm essas características, mas a diferença é que elas têm ALGUMA OUTRA além dessas. A Rikka, por outro lado, é só fofinha e burrinha mesmo.


Vejamos... Olhos claros de inseto, chuca de cabelo, acessório desnecessário, anteninha inexplicável, cor de cabelo exagerada... Yup, pessoal, acabamos de encontrar mais uma moeshit genérica. HOW CREATIVE!

Só pra vocês conferirem, um compilado rápido sobre como retratam a Rikka:

ESSE MOVIMENTO É AO MENOS POSSÍVEL??
(desafio level hard: encontre o nariz e a boca.)


Aparentemente, até pra pingarem colírio no olho dela ela tem que parecer fofinha. Japão e seus fetiches.


O efeito parece legal, mas na verdade é só uma lente de contato que ela bota pra fingir que tem poderes mágicos. E não, não estou brincando.


Agora, partindo pras personagens menos importantes. A primeira jumenta é Nibutani Shinka, outra menina que teve autismo síndrome da oitava série mas passou dessa fase bizarra. Mas ainda assim, ela é extremamente irritante com seus surtos aleatórios de gritar "AIQUEVERGONHACARALEO" quase que o tempo inteiro.

Além disso, ela é líder de torcida e a única do elenco com peitos grandes. Adivinha só quem é a personagem da história que mais sofre com fanart hentai e doushinjis???


ACERTÔ MISERÁVI!
(bônus: tetas pulando)

Bom, pelo menos o pessoal do character design teve a decência de diminuir a cota de sexualização dela na segunda temporada. A única coisa boa que fizeram no design dos personagens, inclusive.


Mas é claro, considerando o quanto a Kyoto Animation sofre com a Síndrome da Mesma Cara, é como se tivessem removido a Nibutani do anime e colocado outra personagem no lugar.


Além da Nibutani, temos Dekomori Sanae. Uma menina que é japonesa, mas inexplicavelmente loira com literalmente dois metros de cabelo. Ah, ela também tem autismo síndrome da oitava série. Aparentemente, ela começou com essas crises por causa da Nibutani, que na época que tinha essa síndrome, ela atendia pelo nome de guerra "Mori Summer-sama". Mas claro, como o nome está em inglês, eu (e o pessoal da legenda) tinha certeza de que o nome dela era "Mori Sãmá-sama".


Pra completar o pacote gold, Dekomori tem uns "pesos" amarrados na ponta da maria-chiquinha dela,
e ela fica girando essas merdas que nem uma retardada pra fingir que sabe lutar.
(bônus: encontre o nariz, parte 2)

Aí tipo, por causa dessa obsessão pela tal da Mori Sãmá-sama, a Dekomori fica o tempo inteiro enchendo o saco da Nibutani, que mesmo dizendo que era a Mori mas passou dessa fase de merda ainda tem que aguentar essa pirralha. Pois é, a Dekomori simplesmente não aceita que a Nibutani superou a fase autista.


Em resumo, essas duas cumprem a cota de fanservice Yuri no anime. No OVA, elas até se beijam """sem querer""". Claro, com certeza você tropeça e cai exatamente nos lábios macios de uma menina gostosa

Como se não bastasse tudo isso, Dekomori fala "desu" no final de TODAS as frases. Tipo, todas MESMO. Quer dizer, não sei se ela fala "desu" ou "death" com aquele sotaque japonês horrendo. Simplesmente não dá pra diferenciar.


Definitivamente, ela é a personagem mais estúpida e irritante do anime inteiro. A parte mais irônica é que essa personagem nem existe na Light Novel original, sendo criada apenas pro anime. Genial.


Por último e menos importante, Kumin-senpai. Ela é burra, lerda, tediosa e tem como único objetivo de vida tirar sonecas intermináveis. Não, não é brincadeira. É só isso que ela faz o anime inteiro. O máximo de envolvimento que ela tem na trama é ajudar a completar o número mínimo de membros pro clube da trupe e ter um mini-arco porque o amigo do Yuuta tava afim dela.


Nesse ponto, vocês já devem ter percebido que Chuunibyou (e a própria KyoAni) tem a mania odiosa de resumir todos os personagens a uma única característica. Em todos os casos, essa característica seria apenas um detalhe a mais se eles fossem personagens bem desenvolvidos.

No fim desse mini-arco, ela simplesmente rejeita ele naquela vibe de "valeu pela oferta, mas eu prefiro dormir. Qual é o teu nome mesmo, moleque aleatório?" e fica por isso mesmo. Depois disso, Kumin volta pro seu estado de "só quero nanar" e o amigo do Yuuta vira aquele amigo clichê de anime harém que só existe pra mostrar o quanto o protagonista é muito mais amado e desejado.


Depois de muito tempo pelejando, finalmente achei um screenshot do amigo inútil.

Enfim, esses são os personagens. Os meninos são típicos personagens sem-graça de harém. As meninas se resumem apenas em moeshit. Isso também fica bem claro ao observar o character design dos personagens: Yuuta tem uma pose relaxada e natural, enquanto as meninas sofrem de deformidades nos joelhos e posam de uma maneira que só indica que elas são fofinhas.


(síndrome da mesma cara ataca novamente)


Por sinal, a própria Kyoto Animation tem essa tendência horrorosa de fazer character designs sexistas:

Hibike! Euphorium


K-on
(bônus pra única menina que senta que nem um ser humano decente)


Ah, antes que eu me esqueça: a Rikka tem uma irmã. Ela é bem inútil no começo do anime, no máximo falando umas vezes pra Rikka calar a boca e parar de passar vergonha. Mas lá pro final da história ela fica mais útil.


Mais um problema da Kyoto Animation: eles são incapazes de diferenciar adolescentes de adultos. A irmã da Rikka tem pelo menos 19 anos, mas mesmo assim ela tem exatamente o mesmo rosto de todas as personagens femininas.
(ache o nariz, parte 3)



Dica rápida, Kyoto Animation: pessoas envelhecem e ficam diferentes.



Desenvolvimento:


Depois de toda essa leva de personagens ruins, é de se esperar que ao menos a história seja boa pra tentar compensar isso, né? Mas infelizmente, estamos falando de slife of life, um estilo de anime onde nada de muito empolgante pode acontecer. Isso inclui desenvolvimento de personagens.

Durante o decorrer de Chuunibyou, o espectador se depara com diversas cenas desconexas que tentam parecer engraçadas. Desde as batalhas falsas entre as meninas com autismo síndrome da oitava série até cenas no Clube da Soneca que só foi criado pras meninas continuarem passando vergonha, o anime parece não ter desenvolvimento algum.

E pior, não eram apenas cenas desconexas. Eram cenas desconexas entupidas de moe e FANSERVICE.






Fica mais do que claro que muito provavelmente Chuunibyou seria mais um daqueles slife of life repetitivos com toneladas de moeshit. Mas, SURPRISE, depois de mais da metade do anime, alguém sugeriu botar uma história pra explicar porque ó raios a Rikka sofre dessa síndrome.


SURPRISE!

Depois de muitos e muitos episódios, Yuuta descobre que a Rikka se fechou dentro do seu próprio mundinho depois que o pai dela morreu. Ela só aceitou esse fato depois que ele e a irmã dela a encontraram num terreno vazio que antes era a casa da família da Rikka.

Então, basicamente, Rikka ficou com traumas psicológicos sérios depois da perda, chegando ao ponto de imaginar um mundo novo e tentar forçar outras pessoas dentro desse mundo. Sinceramente, esse fato teria um efeito muito mais impactante se o anime não tivesse curtido com a cara da Rikka o tempo inteiro. Perdeu muita importância.


Inclusive, esse arco é surpreendentemente bom! A dificuldade que ela tem de sair do mundinho estúpido dela é muito bem executada, e ganhou um pouco do meu respeito pelo anime!


Nessa parte, Dekomori também é afetada. Depois que Rikka parou de agir que nem uma criança, a loli das chuquinhas entra em desespero total, e até tenta ""lutar"" contra a Rikka. Claro, nenhum golpe realmente atinge a Rikka, porque ela sabe que aquilo é tudo uma farsa.

O mini-arco da Dekomori também é muito bom, porque depois de aturar ela sendo idiota por tanto tempo é extremamente satisfatório ver ela caindo na real!



Mas, como sempre, justamente quando eu achei que Chuunibyou teria salvação, eles dão conta de cagar TUDO. Isso, é claro, sem mencionar o romance sofrível entre Yuuta e Rika, que foi tão forçado e doloroso que só perde pro episódio II de Star Wars.



Conclusão:


Como primeira decepção, o relacionamento entre os protagonistas. Depois de muitos episódios de absolutamente nada real acontecendo mas muita insinuação, Rikka FINALMENTE se declara pro Yuuta numa super duper romântica noite de luar.

Agora pergunta, pessoal, o que é que vocês acham que o casal fez depois da declaração? Se beijaram? Nem fodendo. Se abraçaram? Naaaaah, íntimo demais. DERAM AS MÃOS??? Não, a Rikka ficou com vergonha demais até pra isso.

Então repito a pergunta: que porra esses dois fizeram depois da declaração??



Uau.


Se isso aí deveria ser algo "sutil" e "delicado", simplesmente não funcionou. Esse tipo de contato é ridiculamente limitado até mesmo para os padrões japoneses de o que é um relacionamento amoroso. O pior de tudo é que em nenhum momento da primeira temporada eles agem como um casal genuíno, avançando de maneira devagar quase parando só na segunda.

E detalhe, por "avançar" quero dizer uma segurada de mão e um beijo na bochecha. Nas pouquíssimas vezes que eles se abraçam é porque a Rikka tá chorando e o Yuuta consolando ela. Eles NUNCA se abraçam simplesmente pra dar carinho um pro outro.

O relacionamento deles é basicamente como assistir a grama crescer em tempo real, só que bem pior. Por mais que namoros em animes costumam ser MUITO lentos, é possível pelo menos ver a química do casal, e a hesitação  do casal parece genuína, como se os dois estivessem se descobrindo.

Mas no caso do Yuuta e a Rikka, simplesmente não tem NADA de natural no relacionamento deles. Nem mesmo como amigos, nem eles e nenhum personagem do anime se comporta de maneira natural, sendo impossível acreditar que existe pelo menos uma amizade entre eles.


Pra falar a verdade, é extremamente raro achar animes que retratam bem a amizade, especialmente entre personagens masculinos e femininos.
(embora eu ainda shippe totalmente o Soul e a Maka. Só que os do mangá, por favor)


Mas o pior de tudo é que essa NÃO É a pior parte da conclusão do anime. Lembram como eu falei que o arco de aceitação da Rikka (e, em consequência, da Dekomori) foi sensacional? Como Chuunibyou poderia se focado melhor nisso e ter terminado justamente no desenvolvimento da Rikka até ela abandonar o lado infantil e fechado dela??

Pois é.

Agora, lembrem-se do arco negativo que a Max teve no quinto episódio de Life Is Strange. Foi mais ou menos isso que aconteceu com a Rikka em Chuunibyou. O problema é, pelo menos a Max ficou diferente de alguma forma, e no final em que ela sacrifica a Chloe a personalidade dela volta pro estado satisfatório.

Mas a Rikka... Ela simplesmente retorna pra estaca zero. Após uma crise de identidade depois que o Yuuta pediu pra ela tirar aquele tapa-olho ridículo que ela insistia em continuar usando, ele simplesmente se arrepende de tentar tirar a menina inútil do mundinho dela, e aceita completamente ela voltando pro que era antes.

Em consequência, Dekomori também volta ao seu estado natural. As duas voltam a lutar como duas idiotas e permanecem assim pra sempre. Então basicamente, o anime pegou todo aquele arco bonito e aquela lição valiosa de superar perdas e jogou tudo no lixo.


Bem, pelo menos o filme do Pequeno Príncipe mostrou muito bem essa lição de não ter medo de amadurecer e superar perdas sem esquecê-las.
Vai ver esse filme ao invés de Chuunibyou, sério.



Ou seja, todos os episódios finais foram um completo desperdício te tempo e dinheiro. Um plot que surgiu do nada e desapareceu com a mesma rapidez. Não fez diferença nenhuma pro enredo do anime, no final das contas, porque todos os personagens terminaram EXATAMENTE do mesmo jeito que começaram a história.

E agora vocês talvez estejam se perguntando: O que ó raios aconteceu pro final ser tão ruim? Eu tenho minha teoria: Kyoto Animation.

Esse estúdio é praticamente um comerciante. A KyoAni basicamente vende animes, consome números de bluerays e se mantém no mercado reciclando sempre exatamente a mesma fórmula previsível e mal executada, simplesmente porque todos os otakus compram sem pensar duas vezes.

Essa necessidade constante de vender animes ao invés de contar uma boa história se reflete também no character design dos personagens e até na personalidade deles. De tempos em tempos, a Kyoto Animation produz animes com exatamente o mesmo traço, porque é o traço famoso da época e, portanto, o traço que melhor vende.


Entre 2005 e 2007 é o que eu gosto de chamar de Fase do Autismo ou Invasão Álien.


Então basicamente, KyoAni só está interessada em números, e justamente por trabalhar histórias tão previsíveis e não arriscadas que este estúdio é tão famoso. Ah, e claro, o fanservice. Free! é o melhor exemplo disso.

É justamente por cause de estúdios como esse que eu digo que só porque um anime vende muito não significa que ele seja bom. Death Parade é meu exemplo favorito. A história é simplesmente maravilhosa, a animação é deslumbrante, a premissa é original e a simbologia por trás de todos os elementos é de tirar o fôlego.

Mas infelizmente, nunca veremos uma continuação para esse anime, porque no Japão ele vendeu pouquíssimos Bluerays.

Ou seja, assim como na minha review de Ano Hana, a indicação continua a mesma: vai assistir Death Parade. Prometo feels e uma história maravilhosa.



Classificação:
BANISHMENTU DISSU WORUDU!
(vulgo ficou uma bosta)


Até a próxima, pessoal! Não se esqueçam de deixar aquele comentário supimpinha e dar aquela compartilhada marota no seu facebook!

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