Sobre Essa Bagaça

Eu sou a Nathália, e esse blog foi feito pra espalhar meu ódio, especialmente em relação à animes.
(Nathilustra, sacou? É tipo Nathália... E ilustra... Nathilustra... Genial, né?...)

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Another (5)



Olá, jovenzinhos. Estamos aqui reunidos para assitir, sofrer e discutir sobre mais um episódio de As Aventuras de Sakakibara em Piracicaba, uma fabulosa e envolvente história sobre absolutamente nada. E tem uma menina gótica no meio.



Pelo tom da introdução, já devem ter visto que eu não estou nem um pouco empolgada pra ver essa joça, né? Pois é, depois do horror que foi o quarto episódio, ficou bem claro pra mim que só vai ficar cada vez pior.

Sem mais enrolações, hora de ver a desgraça. VAMOS LÁ. (yaaaaayyyyyy.......)



*dancinha do vamos lá*
(gritando internamente)




*25 minutos depois*

Bom, não foi doloroso que nem o episódio anterior, mas foi um verdadeiro tédio banhado com pontadas de agonia por que os mesmos problemas desde o começo do anime continuam. E com isso, quero dizer que todo mundo continua sem falar a verdade pro Sakakibara ao invés de enrolar, a animação porca continua e os diálogos expositórios estão cada vez mais fortes.

Enfim, hora de falar do episódio cena por cena.

Começamos com mais uma cena reciclada da enfermeira legal morrendo, como se a reciclagem da Menina do Guarda-Chuva não fosse o bastante. E sente a magia: assim como no episódio anterior ficaram usando um monte de imagens estáticas (pra economizar na animação) com diálogos aleatórios que todo mundo já conhece, nesse episódio fizeram A MESMA COISA.


Ah, olha só! Esse é o nome da enfermeira, que só descobrimos DEPOIS que ela morre! YAY!



No meio dessa cena sofrida, ACHO que o avô do Sakakibara comenta que não quer ir no velório porque já foi em velórios demais (uma maneira porca de dizer que ele já enterrou a tia e a mãe do nosso protagonista). E digo "acho" porque quase não dá pra ver o queixo dele mexendo. Já sabemos que o Japão odeia animar queixo, ainda mais quando não tem uma boca à mostra pra disfarçar.


Nessa hora eu quase enfiei a cara no monitor pra confirmar se o véio doido tava falando mesmo, mas beleza.



Corte de cena e vemos o Professor do Gêiser falando pra sala sobre a morte da enfermeira porque ela é irmã de um tiozinho da sala (não que eu me importe com isso). Claro, deveria ser uma situação triste, mas todo mundo só fica de cabeça baixa olhando pro nada com uma cara de pastel misturada com foda-se. Ou seja, o que deveria ser uma cena impactante só fica vergonhosa mesmo.

Mais um momento magia: Mei estava na sala mas mesmo assim o Sakakibara foi falar pra ela que a enfermeira morreu. Isso porque ele olhou pra ela no momento em que o Professor Gêiser estava discursando sobre o acidente. Ah, e quem aí não assistiu esse anime deve estar se perguntando: "POR QUÊ 'PROFESSOR GÊISER'???"

Bem...

Vocês vão entender daqui uns episódios.


Prometo altas risadas.
(risadinha reprimida)


Troca a cena novamente e nos deparamos com Diferentão e Sakakibara desenhando na aula de artes, enquanto Diferentão pergunta pro nosso protagonista sem sal se a "professora Mikami" tem alguma doença (já que a ""maldição"" tá rolando e sabemos que alguém doente vai morrer. Uh, genial??). Eu ACHO que essa tal de Mikami é a tia do Sakakibara, que consequentemente também é a pessoa morta da sala, mas beleza.

A conversa, como qualquer diálogo de Another, foi extremamente tediosa, e o máximo que eu consegui prestar atenção além disso foi o fato de o Diferentão parecer um peixe quando vira de lado.


Isso sim que é animação boa, não é mesmo??


Ah, sim, aí o Sakakibara tenta fazer algumas perguntas sobre o quê está acontecendo, mas o Diferentão resolve NOVAMENTE ser um jumento que tá a fim de morrer e não responde nada. Resultado: pela primeira vez nesse anime nosso protagonista resolve pesquisar POR CONTA PRÓPRIA!

Hmm, nada mal, né? Pelo menos isso prova que ele tem neurônios funcionais,
diferentemente de uma certa protagonista de anime de vampiro que nós conhecemos...


Aí beleza, Sakakibara vai até a biblioteca e começa a pesquisar sobre a sala 3 de 26 anos atrás (específico...). Só que ao invés de se focar só em achar a menina morta na foto de formatura da sala, ele se foca na foto da mãe dele, que também estudou lá. Que conveniente, não??

Logo em seguida, o bibliotecário brota das trevas pra perguntar sobre a mãe do Sakakibara, e começa mais uns diálogos mal estruturados, como o nosso protagonista jumentinho dizendo "minha mãe morreu 15 anos atrás, logo após meu nascimento" ao invés de "minha mãe morreu depois do meu parto".

Sério, Japão, qual a dificuldade de fazer um diálogo que não seja desnecessariamente específico? Ninguém liga pra idade certinha do Sakakibara! Já dá pra adivinhar porque ele está no nono ano, então é óbvio que ele vai ter entre 13 e 15 anos de idade!

Cortando a cena, Sakakibara sai da biblioteca e se depara com Chuquinhas, que só aparece pra falar "sinto muito, faremos isso pelo bem da sala" sem complementar a frase de forma coerente. E sabe o que isso significa?

Isso mesmo: novamente, todo mundo vai se foder porque todo mundo resolve as coisas de maneira burra.
Como eu odeio esse anime.


Ah, sim, ela brotou na biblioteca pra levar o Sakakibara pra sala dos professores, e lá está acontecendo tipo um """interrogatório""". Digo entre aspas porque são só uns véios doidos falando pro Sakakibara MAIS INFORMAÇÃO QUE TODO MUNDO JÁ SABE, como o motivo da morte da enfermeira legal, o horário que eles tavam falando pelo telefone e umas baboseiras sobre "ter cuidado".

Foda-se.

Depois disso, nosso amiguinho sem sal volta pra sala e vê que ela está sem nenhum aluno, mesmo estando em horário de aula. Aí brota o Professor Gêiser pra falar sobre "preservar as regras da sala", sem, obviamente, complementar com informação realmente útil. Enquanto isso, a única coisa que eu conseguia pensar é que provavelmente todo mundo tava na aula de Educação Física e simplesmente o Sakakibara esqueceu. Já é mais coerente.


UuuuUuUuuuuuuhhHHHhh... Olha pra mim...! Sou um anime de suspense e terror tão creepy que tenho até
um professor que passa uma cena inteira com metade da cara escondida!
Tá com medo, expectador??? Não sou gótico e trevoso???



Cortando a cena novamente (e aleluia, irmão, as bonecas não apareceram nunca mais!), Sakakibara encontra dois amiguinhos da sua sala e pergunta se pode voltar pra casa com eles. Os dois acham a ideia meio pombo mas concordam mesmo assim.


Os """""amiguinhos""""" são o Diferentão e esse tiozinho que eu nem vou me dar o trabalho de pensar em um nome pra ele.
Vocês já vão ver o porquê.


Enquanto voltam pra casa, os três começam a conversar sobre umas merdas inúteis sobre a Chuquinhas ser a representante da sala (já sabíamos disso) e o Sakakibara resolve parar de andar e pede a lista de chamada da sala. E porquê? Bem, assumo que é pra comprovar se a Mei realmente existe ou não.

Agora sente a parte mágica, sente: Diferentão se recusa a responder a qualquer pergunta, porque ele quer "seguir as regras da classe 3", mas o tiozinho não entra na onda. Ele diz que não gosta do jeito da Chuquinhas de resolver os problemas, e até se dispõe a responder as questões do Sakakibara.

Aí ele pergunta se a Misaki Mei realmente existe. O tiozinho abre a boca pra responder...

... E começa a ter um infarto. 





Não, não, é sério. Ele cai no chão e começa a infartar. E ele morre, obviamente, porque ninguém ali tem a capacidade de pegar um celular e ligar pra uma ambulância.


Perae, perae, é sério mesmo que vocês fazem ele infartar mas nem colocam uma espuma saindo da boca dele? O quão caro é desenhar espuma?


Haha, ah não, pera, esqueci. Estamos falando do Japão; o país que não anima nem fonemas pra economizar e ainda paga seus escravos animadores com um Dollyinho quente e uma coxinha. Inclusive, gentem, agora que esse tiozinho morreu, tá na hora de atualizar o Bingo da Morte! Yay!

5 episódios se passaram e até agora só três pessoas morreram. Ou vai ter um puta massacre só no último episódio ou alguns alunos vão sobreviver.


Cena corta mais uma vez e nos deparamos com Sakakibara subindo as escadas quando ele encontra a tia dele (vulgo, a verdadeira morta da história, mesmo que o anime não dê qualquer pista). Aí ela só ignora ele completamente e a cena acaba. UAU!

Logo em seguida, uma cena meio merda na sala 3. O Professor Gêiser e a Chuquinhas estão falando pra todo mundo como a morte do tiozinho foi infeliz, enquanto os alunos continuam se comportando como um bando de robôs. Ou um bando de cadáveres. Sempre falo pra vocês que tá todo mundo morto por dentro.

E agora começa a demonstração suprema de burrice da sala: todo mundo começou a ignorar o Sakakibara, EXATAMENTE como ignoram a Mei (que por algum motivo faltou da escola no dia). Sakakibara tenta conversar com BIRL, Diferentão, Chuquinhas e até um tio aleatório que senta na frente dele, mas TODO MUNDO ignorou nosso protagonista.

Pausa, pausa, por favor. Vamos relembrar novamente de Seleção Natural. GENTE BURRA NÃO PROCRIA E VACILAUM MORRE CEDO. Vai todo mundo morrer e eu vou rir de cada cena possível, porque eu odeio cada um desses alunos do fundo do meu coração.


Falou e disse, Pom.


Depois desse show de horror de gente burra, Sakakibara está arrumando seu material pra ir embora depois da aula quando percebe que alguém deixou um bilhete pra ele embaixo da carteira. Sei lá quem foi, porque eu não decoro o nome de ninguém nessa bosta.

Mas enfim, o bilhete tem uns pedidos merdas de desculpas e a lista de chamada anexada. Aí a cena corta e Another mostra (mais uma vez) como NÃO se cria uma atmosfera. Sakakibara decide passar na loja de escravas sexuais da deep web bonecas, porque a Mei mora lá, mas ao invés de simplesmente mostrar a fachada da loja, o anime esfrega na nossa cara aquela boneca inútil que fica na frente. 


Caramba, estou tão assutada. Me segura, gente, tô quase desmaiando aqui.
A-TER-RO-RI-ZA-DA.


Aí beleza, Sakakibara vai no porão sinistro, olha de novo pra boneca que é um clone da Mei, Mei de novo brota atrás dele e Sakakibara de novo dá um sustinho. Que escrita elaborada! Aí começa uma cena longa e chata com os dois falando sobre toda essa situação do Morto e o porquê de estarem ignorando o Sakakibara. Queria muito cortar tudo isso, mas infelizmente é uma cena importante. DROGA!

Bom, pelo menos vou tentar resumir, enquanto também destaco as partes com mais falha de enredo ou mal construídas.

Primeiro, Sakakibara fala sobre a lista de chamada, que tinha o nome da Mei riscado, e FINALMENTE surge a comprovação de que, afinal, a Mei não estava morta. Claro, eu achei que ela estava sofrendo bullying por ter o mesmo sobrenome da Misaki que morreu (e os alunos achavam que ela estava morta; se confundiram), mas a minha teoria (que tinha coerência) se provou errada.

O quê realmente rolou: Depois do incidente da Misaki, a classe 3 foi amaldiçoada e todo ano morria uma pessoa por mês, aluno ou parente de aluno. Até aí, o expectador já sabe. Novamente, o anime poderia ter criado uma atmosfera e um mistério maior se não fosse os monólogos expositórios que de cara falam toda a informação. Mas claro, estamos falando de Another. Nem existe um mistério pra ser desvendado.

Olha sóóóó, Nathália dando crítica construtiva de novo! 
Mas sério, Another, aprenda quando soltar informações. E vai assistir Scooby Doo; tem ótimas dicas de como construir um mistério.


Enfim, depois de seções de exorcismo, construir outro prédio pras classes e até tentar mudar o nome da classe 3 pra classe C, nada deu certo, e as pessoas continuaram morrendo ano após ano. E claro, a escola não fechou, a polícia não se envolveu em nenhum momento e os pais continuaram colocando os filhos naquela classe.

Gente, vou contar uma coisinha pra vocês: o Japão é um país muito supersticioso, e qualquer coisa lá que faz alusão à morte é removida pra não atrair a morte de vez. Por exemplo, diversos prédios e hospitais com mais de um andar pulam o quarto andar, porque em japonês o número quatro (shi) tem a mesma pronúncia de "morte".

Agora pensa: se por causa de um trocadilho com morte os japoneses surtam, como é que uma escola se mantém aberta e ainda mantém a sala amaldiçoada sendo que praticamente 100 pessoas morreram ao longo dos anos?! Sim, isso mesmo...


E o melhor gif do blog está de volta.


Depois de todas as tentativas fracassadas, por conveniência do roteiro descobriram duas coisas mágicas. Em primeiro lugar, desde o ano em que a Misaki morreu, sempre tem uma carteira faltando mas um aluno a mais. Esse aluno a mais é sempre um fantasma relacionado aos mortos anteriores. Ou seja, a sala atrai gente morta.

Não que isso faça sentido algum, claro.

E em segundo lugar, depois de todos as mortes (e a escola ficando aberta!), descobriram que tem como resolver o problema do morto de outro jeito: já que não dá pra falar diretamente com uma pessoa morta, os alunos simplesmente escolhem um aluno vivo pra ignorar completamente, como se ele não existisse.

Ou seja, estavam ignorando a Mei pra balancear a sala, mas como o Sakakibara começou a falar com ela a coisa desregulou completamente. Se eles simplesmente tivessem falado pra ele logo da situação do aluno extra, nenhuma daquelas mortes teria acontecido. Se não fosse pela burrice e incompetência da sala, a Menina do Guarda-Chuva, a mãe dela, a enfermeira legal e o tio do ataque cardíaco não teriam morrido.

Por isso, eu ansiosamente espero pela morte do resto da classe, e espero com prazer. Porque tudo isso aconteceu porque todo mundo lá é idiota e resolveu ignorar a situação ao invés de tentar realmente impedor a merda.


A classe 3 me enche de um orgulho inimaginável.


Mas claro, não se esqueçam de que isso aconteceu unicamente por causa da escrita porca. Uma classe real com pessoas reais NUNCA deixaria isso acontecer. Uma escola japonesa nunca permitiria que seus alunos continuassem morrendo na mesma sala. Uma família com bom senso nunca matricularia seus filhos nessa escola.

Sem falar que a situação poderia ter sido resolvida pela própria Mei. Ou ela não responderia as perguntas do Sakakibara desde o primeiro episódio, ou ela explicaria rápido e seria deixada em paz. SIMPLES!

Mas NÃÃÃÃO, estamos falando de Another. Um anime podre, mal-feito, com animação porca e um roteiro que foi cagado do cu de seja lá quem achou que essa bosta seria uma boa ideia.


Hoje tô cheia de ódio no coração. Deve ser por causa do tiozinho com bom senso que infartou.


*respira fundo* Bom, além disso, descobrimos algumas coisas sobre a vida da Mei. Primeiro, ela é gótica MESMO. Dá pra ver ela sem uniforme e ela tá usando uma roupa bizarra de emo gótica.



Ela também menciona que a mãe dela é quem faz as escravas sexuais da deep web bonecas esquisitinhas, e também deixa implícito que a mãe tem fobia social, porque fica o dia inteiro no andar de cima da loja fazendo as bonecas sem parar e sem sair de casa. Mas foda-se, isso não tem qualquer relevância pro plot e também não é uma informação interessante.

Então vamos falar de algo realmente interessante: dimorfismo sexual nos animes. Em boa parte dos animes, especialmente os que querem fazer uma waifu pros otaquinhos perdedores, as personagens femininas sempre são retratadas como flores delicadas que fazem TUDO de forma meiga e fofinha. Por exemplo, observe como os dois tomam uma lata de refrigerante no meio da conversa:


Observe também como a lata está cheia de sombreado e detalhes enquanto os personagens estão pura cor sólida.


Segundo o Japão, uma menina não é fofa o bastante se beber refri com apenas uma mão. Interessante também como o gesto não diz nada sobre a personalidade da Mei. Enquanto o Sakakibara tem o dedo levemente levantado, como forma de mostrar que ele é cuidadoso (e provavelmente recebeu uma boa educação, ou provavelmente deve tomar muito chá), só dá pra concluir que a Mei é fofinha. Yay...?

Mas enfim, antes de acabar o episódio, Mei finalmente conta pro Sakakibara (e consequentemente, pro expectador) o quê é um morto. Você achou que era tipo um zumbi ou um fantasma? Bem, achou errado. Segundo a lógica zoada de Another, o morto tem um corpo físico, memórias definidas, não sabe que está morto e nem ao menos tem algo que o diferencie de alguém vivo.

Enquanto isso, o anime começa a mostrar imagens estáticas dos alunos da sala, numa tentativa fajuta de falar que um deles é o morto. Mas a pessoa morta de verdade nem apareceu nessa cena. Ela simplesmente ignorou o Sakakibara quando ele comentou que ela chegou cedo na escola.


Só observo, querida, só observo.


Okay, então, esse foi o quinto episódio de Another. Nem sei mais o quê dizer. Todos os problemas se mantém, toda a animação continua precária, todas as mortes continuam forçadas e essa maldição continua parecendo mais Seleção Natural do que uma maldição propriamente dita.

Por hoje é só, pessoal. Até mais semana que vem, com mais sofrência e mais Aventuras de Sakakibara em Piracicaba; a cidade mais burra de todo o Japão.


*Beijos de luz*

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